quarta-feira, 3 de novembro de 2010

PRIMEIRA COLETIVA DE DILMA ROUSSEFF


Passadas as disputas eleitorais presidenciais, a candidata eleita Dilma Rousseff fez o seu primeiro pronunciamento coletivo na manhã desta quarta-feira. Indagada sobre diversos assuntos pelos repórteres presentes das mais diversas emissoras de televisão, Dilma falou sobre assuntos polêmicos e deu indícios de como será a administração da 1ª mulher presidente do Brasil.
Para quem achou, durante o período eleitoral, que Rousseff seria apenas uma sombra, ou uma ‘’laranja’’ do atual presidente Lula, aos poucos ela está provando que eles estavam equivocados. Com lucidez, clareza e segurança que não demonstrou durante a disputa eletiva, Dilma posicionou-se de forma coerente quando informou que a escolha dos ministros não será feita como distribuição de cargos a partidos aliados. Inevitavelmente, para manter o equilíbrio político do país isso acabará sendo feito, no entanto, garantiu a presidente eleita que não será prioridade para escolha dos ministros. Essa decisão, se tomada de fato, poderá evitar escândalos no governo futuro como os que aconteceram nos oito anos que se passaram.
"Tenho conversado muito com o vice Michel Temer e temos a convicção de que esse governo vai se pautar não por uma partilha, mas por uma equipe una. O PMDB está participando sem conflito".
                         
Em questões econômicas Dilma disse acreditar que o salário mínimo baterá os R$ 600,00, prometidos pelo seu adversário Serra, ainda no final de 2011. E que não pretende crir novos impostos nem aumentá-los, mas que o retorno da CPMF é uma pressão dos governantes estaduais:
“Eu tenho muita preocupação com a criação de impostos. Preferia outros mecanismos, mas tenho visto uma pressão dos governadores, não posso fingir que não existe. [...] Não pretendo reenviar ao Congresso a recomposição da CPMF, mas isso será objeto de negociação com os governadores”, declarou.
No plano internacional, a futura presidente posicionou-se claramente contra a execução da iraniana Sakineh Mohammadi, condenada a morte em seu país por crime de adultério. No entanto, disse também que não é de sua alçada interferir em assuntos de decisão soberana de outro país. Pensando dessa forma, Dilma age diferentemente de Lula ao dar asilo ao então presidente de Honduras Manuel Zelaya na embaixada brasileira naquele país. Falou ainda em ajudar os países de 3° mundo, afinal o Brasil é uma potência em ascensão.
Finalizando a sua entrevista, antes de ir repousar por cinco dias em local não informado, a presidente eleita garantiu não tratar o MST como caso de polícia e se comprometeu em não possibilitar que episódios como El Dourado dos Carajás se repitam dentro do nosso país. Disse que é contra invasão de terras e de propriedades privadas, mas defendeu que o país tem propriedades bastantes para os pequenos agricultores. E se comprometeu com a continuidade da reforma agrária.
ESTAMOS DE OLHO....

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