quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CRESCIMENTO ECONÔMICO NÃO SIGNIFICA LIBERDADE DE IMPRENSA.

ONG Repórteres Sem Fronteiras
O ranking de liberdade de imprensa, elaborado pela ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF) (divulgado em 20 de outubro de 2010), apontou a ascensão brasileira na http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=64795264382513087&postID=1219991076055959860no que diz respeito à liberdade de imprensa. Outro fator que também surpreendeu foi a queda de posição de países europeus. Segundo a ONG, [¹]“Treze dos 27 membros da UE estão no top 20, mas alguns dos outros 14 são muito baixos no ranking. A Itália é 49°, a Roménia é 52°, a Grécia e a Bulgária estão empatadas em 70°.”

"Mais do que nunca antes, vemos que desenvolvimento econômico, reforma institucional e respeito aos direitos fundamentais não necessariamente caminham juntos", como afirma o secretário-geral da ONG, Jean-François Julliard.[²]

Podemos notar claramente o que afirma o secretário-geral da ONG, quando tomamos por análise Os BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China. Todos eles estão em uma situação muito parecida de desenvolvimento econômico, no entanto a diferencia de situação de liberdade de imprensa é surpreendente. [³] “Graças às favoráveis alterações legislativas, o Brasil (58º) subiu 12 lugares no ano passado, enquanto a Índia caiu 17 lugares para 122º. A Rússia, que teve um ano particularmente mortal anterior, ainda é mal colocada no 140º. Apesar de uma blogosfera incrivelmente vibrante e ativa, a China ainda censores e prisões de dissidentes e continua a definhar em 171º lugar. Estes quatro países agora assumem as responsabilidades das potências emergentes e devem cumprir suas obrigações em matéria de direitos fundamentais.”
É importante fazer a distinção entre essas duas esferas: Desenvolvimento Econômico e Liberdade de Imprensa. Elas não são tão correlatas quanto se pensa. No entento, são dois fatores importantíssimos para o desenvolvimento de um país, um por um lado econômico e outro por um lado moral e de respeito a dignidade. 
Aristóteles já dizia a mais de 2.500 anos que a virtude está na mediação. E cabe a nós eleitores e principais interessados com o crescimento do país cobrarmos essa equanimidade nas decisões dos governantes. Precisamos de mediação tanto nas medidas da economia - para o crescimento não significar maior desigualdade e nem prejudicar países mais pobres -, quanto na liberdade de imprensa - para que tamanha liberdade não signifique monópolio dos meios de comunicação, nem a população menos instruída seja utilizada como massa de manobra de notícias inverídicas.

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